Eu me vejo de cabelos brancos,sentadinha em uma cadeira em movimento vem-e-vai e sobretudo,escrevendo.


(Ana Stefana Lisboa)

domingo, 19 de dezembro de 2010

O Colecionador de Balas


Passei a deixar pra trás : restos,todos,tudo.Me apeguei somente a cacos,roupas e balas.Quanto às balas,sinto a minha boca salivar ao citar esta doce palavra : ba-las.Não tem gosto,não tem cor mas tem vida,corpo e alma.Consigo até escutá-las nitidamente com seu tom alto e claro - gemidos,gritos,desesperos,urgências.Elas escapolem meio que sem querer pelas armas de fogo e saem verozmente por impulso para alcançar uma alma,uma vida (coitadas).E foi exatamente por isso que me apaixonei por elas: são obrigadas à arrancar uma vida com unhas e dentes,sem dó,sem piedade.Agora,encontro-as ricas em solidão e abandonadas ao léu em diversos lugares.Cato-as,lavo-as e guardo-as como se eu as recompensasse de alguma forma o seu passado escravo.

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Questiono porque pudera

E você acha mesmo que naquele instante,eu não me interroguei,me bajulei,me estranhei ?Porque quando dei conta de mim,lá estava eu,adentrando fácil com passos largos e seguros em um recinto desconhecido como se estivesse sendo apresentada sem nenhum pudor à um mundo estranho - ou melhor,eu realmente fui.Me encantei, posso ? Posso ser assim,boba,boba,tonta e sempre,sempre me encantar por tudo e por todos ? Lá fora chove,meu bem (...) e aqui fico robotizada,paralizada,sentadinha ao seu lado na ponta de cá na última posição da mesa de catorze cadeiras,bem protegida.Eu confesso que tive um medinho bom,um frio na barriga,mas nada,nada que me impedisse de sentar ali na décima quarta posição.Questiono porque pudera: segundos depois pude comprovar a sua partida instantânea,desentedida por mim e até hoje,ficamos de colocar o pingo no "is" mas trataram de fazer isso por nós.Mas hoje,te vi,meio que sem querer,branco,pálido,estacionado in front of,coluna ereta,postura invejável - eu posso sentir,eu posso te ouvir - perguntaras como numa espécie de prevenção à alguém de sua confiança,se,se,se puderia ir,quantos passos,quanto tempo.Ah meu bem,ninguém te ensinou que a vida é tão,tão frágil ? Não me venha com bagagens de insegurança contigo porque lá fora chove e chove forte.Questiono porque pudera : interrogaram-me se algo estava por acontecer e logo tratei de dizer: nada,nada,nada,tá aí, não aconteceu nada,não tem acontecido nada,não está por acontecer absolutamente nada,entende?É chato ver os dias passarem agitados,calmos,dezembros,anos e sempre,sempre aguardar alguém bater em sua porta com um lindo buquê de flores avermelhadas e te chamar para sentar na décima quarta posição para tomar um café bem quente.

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Tão nosso


Encontrava-me ali,muito bem acompanhada - por sinal.Era verão no Rio,e o sol radiante juntamente com as nuvens brancas como o algodão,analizavam o nosso amor - lá do alto - com um olhar crítico.Questionavam entre si,a veracidade deste sentimento.Enquanto nós,meu amor,passeávamos livremente dentre as flores avermelaranjadas caídas nesta grama fina e esverdeada.Seu cabelo espinhoso,mãos e rosto macios,meu cabelo liso e brincos pendurados;já não sei mais o que é seu e o que é meu.É tudo tão nosso,nosso amor,nossos gestos e olhares.Tornamo-nos uma única pessoa caracterizadas com quaisquer pronome possessivo: nosso,nosso,nosso.

Foto : Thienny Tamis e Lincoln Thomaz

quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Adeus,amor

Sentado ao léu com as pernas de "chinês" ( idêntico aos rituais de meditação),meu corpo transmite paz,só transmite ... por dentro,meu coração bate a trezentos por hora,gerando uma certa pertubação na minha mente.Vinte anos de casamento,quatro filhas com a mulher mais linda que existe - ou melhor,que eu conheço - e eu aqui: contrito,infeliz e desamparado.O pior disso tudo é que ainda consigo ouvi-la com seu tom atrevido,porém,delicado:
- Amor,vem mimi,logo!
- Tô indo,Ana - respondia seco
- Olha,vou te esperar,hein!
Sempre foi atenciosa,só pregava os olhos quando sentia meu corpo grudado ao seu.Foi um grande amor que arrumou as suas malas na calada da noite sem deixar quaisquer aviso prévio,nem ao menos uma lembrança na cabeceira da nossa cama.Terminou sem despedidas.Agora tento aqui,desdobrar as minhas pernas,encontrar soluções para resgatastes: a inquietação da mente,não deixa.Bem,última tentativa,concentro-me e comprimo meus olhos a fim de trazê-la de volta com a famosa força do pensamento.Dou uma folga aos olhos e abro o esquerdo lentamente: não consegui,o amor acabou mesmo!

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Não é assim,minha flor

Me bate uma certa aflição do que pode estar acontecendo com você - o que na verdade,até agora não sei -mas consigo sentir seus passos curtos e intensos aparentando um certo cansaço,angústia.Sinto que em meio ao trânsito do Rio,tu sentas na calçada em plena hora do rush,abandonada e desfalecida.Eu tenho um medinho que a cidade te devore ou até mesmo que tu cesses a tua vida atirando-se na frente de lesmas.Eu tenho um medinho que tu dissolvas,atravesses aqueles ralos imundos e que simplesmente suma.Não digo sumir fisicamente e sim, que sumas da pior maneira : perdendo o prazer de viver.Eu sei que às vezes nos sentimos um tanto fracas,frágeis.Mas não é assim,minha flor.Tu chegas no seu lar e trancas seu corpo,alma e espírito à sete chaves e morres de chorar.Choras tanto quanto os finais de tarde em pleno verão carioca e repito não é assim,minha flor.Não deixes ninguém tirar essa vontadezinha de viver.Consegue pensar na gente,na nossa alegria ?Então minha flor,vem comigo.Deixa pelo menos eu tentar te ajudar.Eu sinto que existe pelo menos uma gotícula de vontade de ser feliz,uma gotícula de vontade de sair dessa.Lembre-se que pensar,amar é extremamente normal,agora desgostar de viver ? Será que realmente vale a pena rasgar as suas vestes em prol de um outro ser humano? Ah minha flor,nós,humanos,somos um tanto incertos,inconstantes e falhos e tenho certeza que não vale.Não tenha medo de ser feliz sozinha,minha flor.

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Bye,ventinho

Me abandonava ali,observando e analisando a direção do vento,a movimentação dos membros inferiores de estranhos,os fatos ocorridos e suas consequências.Tudinho pela brecha desta janela fosca que ainda me sobraste.Sentada num sofá em posição inclinada e fabricado exatamente com o molde do meu corpo,soando um ar de flexibilidade e descanso.Ouvia atentamente vozes,sussuros,suspiros e a correria das pessoas.É um tanto complicado permanecer anos sentadinha aqui,inclinando o meu rosto sabiamente permitindo que sentisse aquele ar fresco e contentando-me com apenas 5cm de visão de mundo lá fora.Me sentia presa com trinta e sete correntes e vinte e três cadeados.Consegue me entender?Que vontadezinha de presenciar essas situações de uma forma mais intensa mas faltava-me bravura.Tudo uma questão de co-mo-di-da-de.Até que um dia desses,notei uma porta suavemente aberta à frente desta janela,analisei com um olhar àgil e rapidamente saltei do meu queridíssimo sofá e escapei por aquela porta na ponta dos pés movimentando os lábios,sem transmitir nenhum ruído : Bye,ventinho!

domingo, 1 de agosto de 2010

37,5

E quando o fim de semana chegava,eu não resistia.Com uma tremenda dificuldade,calçava meu predileto sapato dourado com a esperança de que eles dariam um descanso aos meus pés.Pura bobagem.Eu sintia falta da mobilidade que meus dedinhos tinham dentro deles;espremiam-se,encolhiam-se,brigavam entre si e suavam.E agora? Meu único e predileto sapato não cabe mais em mim. Na verdade,a minha ida aos shoppings centeres à procura de um novo sapato - amor - foi em vão.Não acho sapatos com meu número.Não acho ninguém que encaixa-se comigo.Trinta e sete e meio.37,5.Agora entendo porque são únicos.Meus sapatos não são calças de strecth.Sim,as calças de strech se moldam ao corpo.Sim,os pés se adaptam aos sapatos.Mas quando as pernas crescem ?Mas quando os pés crescem ? As calças encurtam,os pés não entram nos sapatos.Chega uma hora,que eles apertam tanto,mais tanto que a única opção é renunciar.Nossa,e como me doí re-nun-ciar.Enquanto isso,ando com o contato direto no chão,na areia - que maravilha de contato.Sem qualquer pressa para comprar sapatos novos,amor novo.O coração cresce.Às vezes é até difícil diferenciar o amor da comodidade.Talvez um dia,nomeei a comodidade em amor,paixão,coração acelerado,frio na barriga,consideração e outras coisas boas mais.

sábado, 17 de julho de 2010

Cachos

Com Ana Stefana e Bruno Almeida

É bem legal o fim de tarde daqui, não é? Ela respondeu que era sim, assim como em todos os outros lugares. Justo quando não se vê mais o sol, mas ele ainda teima em iluminar e deixar aquele céu laranja, ou então em tons degradê: do azul mais claro e risonho no horizonte e vai escurecendo até achar o breu do céu lá no alto junto com algumas estrelas lingínquas.Ela me olhou sorridente,apontou com o indicador direto ao horizonte e me interrogou com trilhões de perguntas sem respostas.Minhas mãos,pernas,unhas e cabelos tremeram.Suspirei por três vezes.E passei a enrolar meus cachos desde dos fios até o couro cabeludo.Enrolando e desenrolado.Talvez assim,ela não mais repare que ficara sem explicações,sem respostas.Difícil foi desviar sua atenção do horizont e direcionar para meus cachos dourados e com tanta facilidade aprendestes a enrolar com seus próprios dedinhos - até mesmo com o indicador direito - meus cachos,que hoje,adquiriram a mesma tonalidade que o sol deixa todas as tardes aqui em Florianópolis.

sábado, 22 de maio de 2010

Normalíssimo

Chega a ser engraçado enfrentar a vida com essa nova visão:Os amores sempre se renovarão,como um ciclo,uma vida.O interessantíssimo passa a ser normalíssimo.Eles se vão,Caro Leitor.E quem permanece são os amigos.Eles sim,são nossos verdadeiros
amores.Foi observado nos meus últimos meses resíduos de : ME AME POR FAVOR.Balela.Ligar todos os dias,deixar bem claro que precisa ser amada.Nada disso funciona mais.É justamente ao contrário.Não ligar nenhum dia,deixar nada claro.Ai sim,corre porque o bicho pega.O telefone toca sempre,os convites ficam pendentes.Essa minha mania de algum tempo atrás agora me faz ri.Hoje eu penso duas,três ou quatro vezes antes de ligar e às vezes,nem ligo.Isso me fez criar um imã imaginário com os amores,com os homens.Hoje,a insegurança me diz exatamente em que ser eu me tornei.Hoje,a insegurança me diz exatamente qual espécie de barreira eu conquistei.Hoje,eu analiso e reanaliso se amar é mesmo uma emergência pessoal.É fundamental ressaltar outra vez que o interessantíssimo passou a ser normalíssimo.

sexta-feira, 7 de maio de 2010

Agentes ocultos

Aqueles encontros e reencontros eram doces demais.Maçã do amor ou algodão doce.Trocas,viagens,ligações.. eu tinha a sensação de caminhar com uma ingênua segurança em direção aos seus braços.Coorelacionava tudo à você,à nós.Me doei,me transformei e acredite,com o passar do tempo,percebi que minha visão era turva e negra,até que constatei a cegueira do amor.Além disso,passei a transladar-me ao seu redor,como a Terra em volta do Sol.Você era meu Sol,querido.Até que conheci o verbo exagerar.Exagerei no amor,exagerei na entrega,exagerei na segurança,e quando notei,exagerei na perda,no sofrimento.Me culpei,me ameaçei com palavras chulas e quase sofri pela vida inteira,quase.Eu me recordo que você me examinava com tanta lentidão que cheguei a confundir a sua observação fixa com alguma fascinação.Na verdade,nesse caminhar todo .. esqueci simplesmente de rotacionar-me,esqueci de girar em torno de mim e acabei acarretando graves queimaduras que o Sr° Sol causou-me.E por fim,eu me perdoei,me achei e conclui os seus indícios de falsidade ideológica.Criei um Sol dentro de mim.Criei alguém que nunca existiu.Meu caminho,penso confusa,meu caminho não cabe nos trilhos do bonde da vida.E isso não é nada fora do comum.Fora do comum,são os devaneios desse mundo..

quarta-feira, 7 de abril de 2010

Rio de Janeiro em cacos


Caos,destruição e luto.O nosso Rio está em cacos.Os bueiros engolem crianças,adultos e idosos sem restrições de idade e/ou estatura.Carros desde os de última linha até os mais antigos e financiados são submersos até o teto sem compaixão.A natureza não vê poder,não vê riqueza,não vê prestígio.A Cidade Maravilhosa entra em colapso e deixa de lado a sua riqueza geográfica e adota o modo mais grosseiro e obscuro.Ela parou,gritou,chorou ... demostrou uma certa aparência de cansaço que transmitiu uma informação verídica e esquecida : Somos seres indefesos,pequeninos e vulneráveis a qualquer coisa.A chuva não cessou e os mortos também não.Deslizamentos de terras em diversos pontos do Rio carregaram casas,vidas,histórias e sofrimentos,totalizando cerca de 133 mortos e 14.000.000 de lutos.Força,meu Rio,chegarão os dias azuis,calmos e quentes,eu te prometo.Força!

sexta-feira, 26 de março de 2010

Procura-se

É,aqueles conflitos,aquela busca insensante por algo,alguém,alguma coisa... não foi o bastante para aqueitar-me naquele pequeno amor veterano..Viajei,atravessei oceanos e desertos;movendo mares e areias : caçei leões e tamanduás para,enfim,saboreá-los tão superficialmente.. andei pelas ruas de São Paulo com uma melancia encaixada na cabeça : e olha,como me doía andar assim ; cheguei a esperará-lo numa rodoviária movimentada do Rio ... fiz protestos e palestras,porém de nada resolveu .. continuei acompanhada de tal veteranismo.. persisti.. armei meu circo e distribui recompensas a tivesse informação do paradeiro.. me perdi.. e passei a procurá-lo nos mais inusitados lugares : finais de campeonatos e sorveterias de Paquetá e fracassei..cansei e cansei... refiz meu caminho outra vez... e adormeci sem vontade naquele tal casulo desprazeroso, porém,confortável...

segunda-feira, 8 de março de 2010

Como se tudo fosse nada

Foi exatamente pelo fato da nossa história não definir-se com o passar do tempo,não carregar nomenclatura alguma,não me fazer sentir segura e no controle na situação que me levou a sentir a indelicadeza da incerteza ... o tempo passou,os anos passaram,o percurso continuou o mesmo...eu deveria seguir meus instintos ... eu deveria dar aquele tchau discreto e confiante..deveria dar aquele empurranzinho em mim que fizesse pular de quadrado..romper com o tal famoso costume.. como se nada tivesse acontecido.. como se tudo fosse nada.

domingo, 7 de fevereiro de 2010

Bem,Meu amor

Sabe aquela paz interior ? Sabe aquela liberdade de viver ? Sabe aquele iniciozinho de ano ? Dois Mil e dez me mostra todos aqueles projetos possíveis e confesso, aos meus queridos pais e amigos, que independente de qual for a opção a ser seguida, precisarei do apoio e a força de vocês.Eu já posso sentir aquelas tão famosas borboletas na barriga.Quanta confusão ! Quanta vontade de ser bem sucedida sabe? E Deus,de uma forma incrível,têm me moldado conforme minha opção ainda não definitiva.Um amor fez as suas malas e partiu espontaneamente- logo,desisti para menores sintomas de estresse e insegurança.Minhas unhas e meus cabelos dão sinais de crescimento p'ra felicidade da minha vaidade.Me sinto livre,leve e solta,mas continuo sabendo os fundamentos da vida não perdendo a sabedoria.Me sinto bem,feliz,sozinha sem perder o foco.Agora não mais de ter alguém ao meu lado,e sim,de trabalhar..estudar.. e chegar mortinha em casa mas com o dever cumprido.Meu amor,os focos são outros.Os sonhos são outros,meu querido.Os tempos são outros.

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

Depois que a festa da carne passar..

Há quem diga que o ano só começa depois do carnaval : As férias acabam,os foliões e beberrões parecem aquietar-se em busca de um casulo chamado - amor - e eu realmente gosto de ver aquela pracinha cheia de amores sentados pelos bancos,eu realmente gosto de ver a massa destribuindo amores por todos os lados.Então eu só espero que esse carnaval passe da forma mais rápida possível.Eu quero que realmente o ano recomece e que o verão passe carregando consigo esse amor amontoado de intrigas.Que venha as noites frias,o inverno,as boas amizades e os sonhos realizados.Que esse meu coraçãozinho aqui,respire e conte de 1 até 10 e viva.Não se aquietes,meu bem,tu és muito novo para acorrentar-se,aprisionar-se,isolar-se,entristecer-se,-se,-se.Não se mate.Não se aventure em beiras de estradas.Não se jogue em precipícios.Não se esconda em abrigos sombrios.O carnaval já vai passar,então não desista de amar.Depois que a festa da carne passar,eu te prometo que a maré irá baixar e que aquele ventinho cearense Acarati que passa todos os finais de tardes.. vai dar um alô para a nossa tranquilidade.

quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

Minhas asas de papelão

Depois de uns meses pra cá.As minhas asas de papelão começaram a sacudir meu corpo por si só.Sinais de insegurança e a enorme vontade de voar.Fiz meu show.Armei minha lona.Após aos eternos boatos que enfureceram a minha pessoa.Mas continuei.Pela minha eterna teimosia.Pelo gostar.Pelas histórias.Calma e silenciosa.Sem atos grosseiros.Sem ligações.Sem juramentos e afins.Eu permaneci assim.Encolhi meus pares de asas.E os meus sinais de voar.Eu aquietei-os com uma conversa branda.Sem muitas entregas.Sem muito prazer.Os meses passaram.Avistei a virada do ano.E os dias mostraram-se cada vez mais curtos.Ficar por lá foi bom,foi.Mas nada foi como antes.E nada será como os tempos remotos.No iniciozinho.Aquele ar de novo.E aquela enorme vontade de estabacar-se no amor.Mas as intrigas vieram.As conversas dos outros chegaram novamente.E meu bem,isso enfraqueceu o nosso amor.Agitou as minhas asas.E minhas passagens de embarque chegaram a serem compradas.E hoje.Faltando cinco dias para atingir dois anos dessa história de meia boca.De meio amor.Eu sinto novamente as minhas asas movimentando-se por si só.Devido as idas e vindas.Trancos.Barrancos.Amor.Entregas - Aos leitores,meu perdão.O texto chegou a ficar complicado.Não tenho muita prática na escrita.Dificultando ainda mais vosso entendimento.É que essa história nem eu mesma sem muito explicar - Só sei que minhas asas juntamente com o meu corpo não terão destinos.Será uma liberdade minha.Porque o nosso amor veio a desfalecer-se.Aos poucos esse relaciomento irá esconder-se debaixo daquela famosa escada.Ao lado das minhas caixas empacotadas nomiadas de : Lembranças dos bons relaciomentos vividos.

segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

Exausta

Se tentar de todas as formas passou a torna-se uma espécie de sofrimento.Então eu levanto a minha bandeira branca de cansaço.O caso de dois anos com alguém parece demonstrar suas últimas forças.Eu não quero mais levar as situações adiante como um jegue carregando seus trapos.Eu quero que as coisas digam por mim.Que o tempo fale por mim.Eu não quero dizer nunca mais.Porque eu já sei o desenrolar da história.Eu quero ficar por aqui.Escondida nesse casulo.Sem diálogos.Sem tentativas.Eu não quero mais dizer que bom te conhecer e/ou irei tentar algo com você.Eu não aguento mais dizer eu não quero mais e/ou tentei de todas as maneiras mas não foi possível.As tentativas me cansaram.E as consequências mais ainda.Eu,a partir de hoje,permanecerei em silêncio.Recusando convites.Fugindo e me escondendo.Compromissos e afins.Não me leve a mal.Não estou criando um isolamento com o mundo.É que o meu cansaço é tão grande.E logo,sinto uma extrema vontade de me isolar.De cancelar o amor.De jogar minhas roupas novas pela janela.De abrir mão de tanta coisa.De um amor.De uma história.Eu estou sem forças.

Ano Novo,Metas Novas - 2010

E na verdade eu tinha certeza que esse papel acabaria rasbiscado.Foi por falta de tempo - dias corridos e antidepressivos - fazendo com que meus planos organizassem mentalmente.E praticamente três dias após ao tal 2010 é que eles transformaram-se em palavras.Meus sonhos realizados.Muita força e determinação.Um desejo enorme que os meus entequeridos permaneçam por aqui e que tudo ocorra conforme a vontade de Deus.Talvez alguns irão dizer tchau - o que é extramente doloroso.Talvez outro dirão : Cheguei! - o que é extremamente lindo de se ver.Meses.Dias.Cursos.Faculdade.Estudos.Dias azuis e doces.Eu quero este ano planejar a minha vida.Meus tempos.Minha energia.Como e onde ela será gastada.E em prol à crianças carentes é um dos meus objetivos.Eu quero um ano tranquilo.E terei.Talvez aquele tão esperado amor chegue com seus dons e alegrias.Talvez não.Saúde.Sucesso.Pai.Mãe.Amigos.Conhecidos.Sintam-se abraçados.Aos queridos e companheiros da alegria.Meus votos sinceros e caprichosos.Um abraço aqui.Outro ali.Um beijo.Um tchau.O sucesso.A recompensa.O amor.Em 2010.E por toda a vida.