Eu me vejo de cabelos brancos,sentadinha em uma cadeira em movimento vem-e-vai e sobretudo,escrevendo.


(Ana Stefana Lisboa)

terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Desapareceu

Confesso que o efeito de desaparecer e reaparecer foi notado.Quando o dia estava por terminar surgia a sua dúvida : real até porém,interessante.Perguntastes se eu estava interessada em alguém,se eu estava me envolvendo com alguém e a resposta foi simplesmente não, e um esclarecimento:depois de tantas idas e vindas,depois de entender o ritmo que banda toca,depois de saber acompanhar tal musicalidade,aí sim,eu aprendi amar menos,a me doar menos aos amores,a ser menos intensa e você não faz idéia da dimensão da minha felicidade;eu tenho sim me interessado por mim mesma,dedicado todos os tempos do mundo para mim,enfim,finalmente,não tenho pensado em amores,em encontrar um modo de encontrá-los,de amar intensamente,sem medidas.Graças a Deus,que essa febre doentia por alguém,desapareceu.

segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

As tais malas

E pela primeira vez,eu vou agir diferente nesta situação.Brigas.Ciúmes.E lá vai eu de malas prontas indo embora.Não se passam dois meses.E já me vejo novamente de malas prontas.Retornando.Com esperanças.De que irei tentar novamente ser feliz ao seu lado.Isso tudo já se tornou um hábito.Os dois anos resumindo exatamente deste modo.Mas desta vez.Já se passaram exatamente um mês que eu desfiz as minhas malas e decidi ficar por aqui.Ao seu lado novamente.Sem minhas esperanças.E como sempre.Já me encontro cansada.Normal até.Nem feliz.Nem triste.E eu sinto aquela vontade de novamente ir embora.Com minhas calças e vestidos cheirando a gente sozinha.Cansei de ir e voltar.De me arrepender e retornar.Eu vou ficar por aqui.Sumindo às vezes.Quando esse meu ar de cansaço aparecer.E me tornar visível quando eu sentir sua falta.Desaparecer sentimentalmente.Sem ligações.Abstrair.Eu não vou dizer tchau.Eu não vou dizer Voltei,amor.É necessário aprender com as nossas limitações.Se eu não consigo viver longe.Sem ligações amorosas.Se eu não consigo viver por inteira e amando loucamente.Então eu passo a viver no meio - termo.Me escondendo.Ou.Me fazendo real.Até um dia.Que minhas roupas se esconderem dentro das minhas malas.E ir embora convicta de que nunca irei voltar.Até um dia que minhas malas forem emboras por si só.E eu tenho certeza que esse dia vai chegar.Não me leve a mal.Não estou em cacos.Estou bem.Bem comigo mesma.E é por isso que eu não pressa.De ser amada como deveria.De refazer minhas malas.Eu não tenho pressa.Está tudo muito bem.

quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

Em que ponto eu cheguei ...

É complicado tentar compreender a sociedade em si:seus comportamentos,suas idealizações,seus projetos,seus sonhos e a forma de como esse conjunto me atinge.Não culpo ninguém mas questiono o porquê daquele amor tão limpinho não chegar.Ninguém pensa mais em amar ninguém,ninguém pensa mais em ter alguém.Nunca tive a oportunidade de encontrá-lo(confesso)Tenho muito amor guardado e isso me sufoca um pouco.Não quero apenas ser amada,é uma vontade enloquecedora de ter alguém para cuidar(silêncio)O que leva uma pessoa a ser assim ?Com apenas dezessete anos de vida ter uma enorme vontade de amar ? O que leva uma pessoa a ter medo de não ter ninguém para casar ?Olha,em que ponto eu cheguei,olha,em que ser eu me tornei.

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

2009 - 2010

Restropectivas positivas e negativas.Eu já consigo ver dois mil e nove partindo de malas prontas.Deixando suas conclusões.Mudanças.Não que tenha sido um ano de más notícias.Também.Mas obtive crescimento.Terminando o ano alterada psicologicamente.Com pensamentos diferentes.Com atitudes diferentes.Que as más notícias trouxe-me como consequência.Um antigo amor e presente amigo deu seu último adeus.E isso me fez perceber o quanto somos pequeninos.Fragéis e indefesos.É preciso saber viver.É preciso escolher e desvendar a diferença de amizades para coleguismos.É preciso atravessar o ano em superávit.E lá se foram os tais colegas.Os amigos de noitadas.Os amores nada construtivos.Os indeferentes.Lá se vai aquela menina que amava e amava e esquecia dela mesma.Os dias passaram.Os tempos outros.Os prefácios e as conclusões.Eu acabo o ano bem.Bem até demais.