Eu me vejo de cabelos brancos,sentadinha em uma cadeira em movimento vem-e-vai e sobretudo,escrevendo.


(Ana Stefana Lisboa)

quarta-feira, 28 de agosto de 2013

Sem leis

[Ao som de John Lennon - Imagine]

Mania feia essa de conjugar a imposição, viu?
Me conte o dia em que a mente entenderá que o ganhar chega sem querer, sem prever?
Me diga aí, circulo em vermelho no calendário daqui, estou precisando saber.
É claro que certos anseios só se casam com o esforço e a dedicação.
Mas, estabelecer sensações, sensibilidades, emoções, sentimentos. Não.
Se isso realmente valesse, eu iria impor o amor, a compreensão, o respeito.
Determinaria o bom dia para o cobrador, a licença ao passar, o desejo realizado antes mesmo da saudade.
E QUE saudade.Eu imporia só o bem-estar, só. Quer uma rede?
Determinaria uma rede também, sem problemas.Aceita um café?
Vestida a caráter militar, eu rondaria o quartel e aplicaria duras punições aos que não seguissem à risca.
Não. Sem ordens. Já temos muitas leis desobedecidas.
Já temos muitas más penalidades que nem funcionam mais.
Tudo acontece tão na-tu-ral-men-te.
Repita devagar: na-tu-ral-men-te.Fica bem mais leve, solto, não é?
Repito na-tu-ral-men-te.
Soletra aí, coração. É a sua vez.


4 comentários:

  1. Minha admirável Ana Stefana,
    Mais um texto perfeito e apaixonante.
    Mais um que me fará voltar para reler inúmeras vezes, como os outros espalhados no seu blog.
    Sou fã do Simplórias Palavras, e sobretudo, fã da autora.

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  2. Amiga vc arrasa!Quando crescer quero ser igual a vc...Te amo minha amiga bjs

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  3. Gosto muito de seus texto. Admiro a maneira como você se expressa,
    seu olhar crítico porém a suavidade em suas palavras.
    PARABÉNSSS!

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  4. Por favor, não demora mais de uma semana para escrever outra maravilha dessa.
    Adoro ler-te!!!
    Beijos!

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Venha quando quiser: - Tem espaço na casa e no coração -(Caio Fernando Abreu)