Bem sei que não devo carregar o mundo inteiro.
Nem, ao menos, me importar com o caminho alternativo do ônibus.
As muitas contramãos, às vezes, calorosas.
Os muitos sustos com as curvas sinuosas.
O molejo sem avistar o que está por vir: o ponto-cego.
O nu obscuro daquela vitrine.
As curvas de um corpo obsoleto que não prevê.
Aqueles muitos planos a escrever:
Inválidos, sólidos, inconscientes, abstratos.
Amanhã, dia 07.
Depois, 08.
A inflexibilidade em escrever o futuro: ignorância.
O que está por vir.
Não sabemos.
Só recebemos.
As palavras de Clarice como bússola:
Perder-se também é caminho.